sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

P.E.S. dos animais



Estamos sempre aprendendo mais sobre o mundo sensorial dos animais, e os mistérios do comportamento animal são agora menos obscuros do que há alguns anos. Em meio a tantas pesquisas realiza das no mundo, surgiram fortes indícios de que os animais são dotados de capacidades incomuns, que poderiam ser interpretadas como capacidades psi (termo genérico usado para todos os tipos de fenômenos psíquicos).

Nikko Tinberger, pesquisador do comportamento animal, acha que os animais possuem, por exemplo, o dom da percepção extra-sensorial. Segundo ele, se aplicarmos o termo percepção extra-sensorial (PES) à percepção por meio de processos que desconhecemos, então podemos afirmar que ela ocorre em larga escala entre as criaturas vivas. Na verdade, a localização pelo eco feita pelos morcegos e a maneira pela qual o peixe-elétrico encontra sua presa, entre outros fenômenos do comportamento animal, podem ser classificados como PES.

Que outra espécie de comportamento animal poderíamos chamar de extra-sensorial? Talvez o exemplo mais impressionante seja a capacidade de seguir um rastro. Não estamos falando da volta para casa de animais como o pombo-correio, que, retirados de seu domicílio em caixas fechadas e libertados a muitos quilômetros de distância, encontrando seu caminho de volta. Este tipo de retorno parece envolver dados tirados da posição do sol e das estrelas, campos geomagnéticos e outros, que possibilitam ao animal comparar o lugar onde se encontra e comparar com aquele em que gostaria de estar. Estamos falando do retorno psi, no qual o animal encontra o caminho para um novo local onde nunca esteve e, portanto, não podia conhecer.

O exemplo mais significativo de retorno psi que possuímos é o de Bobbie, uma cachorrinha collie, que se perdeu no caminho entre Ohio e Oregon, que ela não conhecia e para onde seus donos estavam se mudando. Ela fugiu durante a viagem, numa parada em Indiana. Depois de procurarem por ela durante horas, seus donos desistiram e seguiram caminho. Três meses depois, uma collie mal tratada, magra e suja apareceu à porta da nova casa. Era Bobbie - sua identificação foi feita pela coleira, pelos dentes (ela tinha três falhas) e por uma cicatriz no olho. Ao tomar conhecimento da volta de Bobbie, o jornalista Charles Alexander resolveu reconstituir a viagem da cadelinha de Indiana até Oregon. Descobriu, através de anúncios que colocou no jornal, várias pessoas que cuidaram de Bobbie e foi então montando o trajeto que ela fez até Oregon.


Os pesquisadores J. B. Rhine e Sara Feather selecionaram 54 das centenas de casos de seguir rastros registrados em arquivos de laboratórios de parapsicologia, levando em conta os seguintes critérios: Fonte segura de informações; características do animal bem definidas, tais como uma cicatriz, um sinal particular, a descrição dos dentes etc. Além de coleira ou placa de identificação; coerência e sentido do caso; dados de apoio, como confirmação de testemunho, permissão para inspecionar o animal e outros. Cinqüenta casos eram de gatos e cachorros; quatro, de pássaros. Vinte e cinco envolviam distâncias superiores a 45 quilômetros. Embora não possam ser considerados conclusivos, esses casos forneceram elementos importantes para o estudo da presença de percepção extra-sensorial em certos animais.

Em todos os estudos sobre a capacidade de percepção extra sensorial dos animais, considera-se a possibilidade de que os seres humanos influenciem o comportamento dos bichos, ao desejarem que eles sigam uma determinada direção, entrem em determinado compartimento e assim por diante. Essa influencia de fato ocorre em muitos casos, mas não se pode generalizar sua ocorrência, pois já se reuniu um número considerável de provas de que a PES existe em outras espécies além da nossa.

Na Fundação de Pesquisas Psíquicas de Duhram, Carolina do Norte, desenvolvem-se experiências com animais que parecem possuir grande inteligência: podem somar subtrair, soletrar frases e até realizar proezas de PES. Esses animais inteligentes, em geral cachorros ou cavalos, foram treinados para responder a perguntas verbais batendo com a pata o número correto de vezes e para selecionar com o nariz ou a boca blocos de letras que formam palavras ou frases.


Nesses testes, o animal que mais se destacou foi Hans, o Inteligente, um cavalo alemão - que confundiu cientistas pela altíssima percentagem de acertos que obtinha. Mais tarde descobriu-se que Hans capta a certas reações das pessoas presentes aos testes, que lhe sugeriam as respostas certas, Quando Hans começava a bater a pata, naturalmente as pessoas presentes inclinavam a cabeça para frente, a fim de ver melhor. Quando ele completava o número certo de batidas, involuntariamente as pessoas relaxavam e recuavam ligeiramente, dando a "dica" a Hans. Isso só foi notado no dia em que as pessoas sentadas à frente de Hans não conheciam a resposta certa à pergunta que lhe havia sido feita. Nesse dia, ele ficou batendo com a pata até cansar.

No caso de Hans há evidência de um nível de percepção muito sutil, embora não de PES, como nos casos dos cavalos Elberfeld e Lady e do cachorro Chris, o Cão Maravilha. Chris, que foi treinado a responder perguntas verbais batendo com pata no antebraço de seu dono, George Wood, impressionou muitos pesquisadores. Wood ensinou Chris a adivinhar qual dos cinco simbolos-padrão PES estava fechado em envelopes batia uma vez para círculo, duas para cruz etc.


Chris aprendeu a adivinhar num maço de 25 cartas, com alto grau de precisão mesmo quando nenhum dos presentes, inclusive Wood, sabia a ordem das cartas nos envelopes. Em conversa com Remi Càdoret, do Laboratório de Parapsicologia de Duke, Wood falou sobre Chris, e o pesquisador mostrou interesse em assistir a uma demonstração com o Cão Maravilha: Nessa oportunidade, porém, Chris fez algo muito interessante: acertou abaixo da média provável, um fenômeno muitas vezes observado nos testes PES com humanos e geralmente originário dc fatores psicológicos negativos. O dono estava longe e o cão pressentiu o perigo. Essa reviravolta nos resultados levantou imediatamente a hipótese de que Wood influenciasse Chris em suas respostas. Supôs-se que Wood, por meio da percepção extra-sensorial, soubesse que carta estava dentro de cada envelope e inconscientemente sugerisse a resposta a Chris, através de algum sistema de sinalização estabelecido durante a aprendizagem, como, por exemplo, o aumento da contração muscular do antebraço. Muitos, no entanto, sustentaram que Chris estava realmente usando PES de um tipo muito semelhante ao usado pelos humanos, impossível escolher uma ou outra hipótese. Qualquer das duas é aceitável dentro da estrutura de conhecimentos que temos hoje. No caso de Chris, poderiam ocorrer as duas.

O mesmo problema surgiu no estudo feito por J. B. Rhine sobre a capacidade de cães treinados localizarem minas submersas. O cão, guiado pelo treinador, adivinharia a localização da mina sentando-se na água em uma das áreas potenciais de alvor Os resultados foram muito bons, mas de novo havia a possibilidade de que o treinador houvesse localizado o alvo por meio de PES e involuntariamente sugerido ao cão onde parar.

De qualquer modo, fica provado, pelo menos, que a maioria dos animais ditos "inteligentes" responde a sugestões muito sutis, tão sutis que e válido considerar certo grau de percepção extra-sensorial.  Rhine categorizou três tipos de reações dos animais onde pode entrar PES reação ao perigo iminente, para ele próprio ou para o dono; reação à morte ou sofrimento do dono que está distante; reação de antecipação de um acontecimento positivo, como a volta do dono após uma prolongada ausência.


Um exemplo de telepatia envolveu um cão que ficou hospedado na casa do veterinário enquanto seus donos saiam de férias. Uma manhã, o cão começou a uivar às 10 horas e assim continuou durante uma hora. O veterinário o examinou, não conseguindo encontrar nada que pudesse justificar o lamento do animal. Quando os donos voltaram de viagem e tomaram conhecimento do ocorrido, ficaram surpresos exatamente naquela manhã, entre 10 e 11 horas, eles haviam ficado isolados por uma enchente.

Existe um grande número de casos que sugerem a capacidade psi em animais. Vários projetos de pesquisas são desenvolvidos no mundo inteiro, na tentativa de examinar o comportamento animal mais detalhadamente, a fim de fornecer provas seguras de tal capacidade e procurar uma compreensão para ela. O trabalho mais completo de que se dispõe atualmente é o realizado na França por Pierre Duval e Evelyn Mondredon, e na América por Walter Levy, usando ratos e hamsters. Nesse trabalho foi utilizado o seguinte procedimento básico: o animal é colocado numa pequena gaiola dividida ao meio por uma repartição baixa, por cima da qual pode pular facilmente. Em intervalos freqüentes (por exemplo, uma vez por minuto), um choque fraco é administrado durante cinco segundos. Um gerador seleciona ao acaso, eletronicamente, de que lado do chão o choque será transmitido. O objetivo é verificar se o animal antecipa de que lado vem o choque, pulando para o lado oposto.

Os resultados dessa experiência foram bastante positivos e foi possível tirar as seguintes conclusões:

1. O comportamento rígido ou estereotipado não contém psi.
2. Um nível baixo de esforço produz resultados melhores que nenhum esforço ou um esforço muito grande.
3. O rendimento cair quando o animal é usado com muita freqüência.
4. O animal parece não aproveitar a experiência não há manifestação de aprendizado.
5. A ausência do pesquisador não prejudica o rendimento da experiência. Ao contrário, os resultados parecem melhorar ligeiramente.


Também foram feitos estudos para saber se os animais possuem capacidade psicocinética. Walter Levy e Helmut Schmidt realizaram experiências usando geradores que controlavam sem regularidade o aquecimento do lugar onde se encontrava o animal. Esses mesmos geradores comandavam, também ao acaso, a administração de cheques elétricos. Os testes visavam verificar ate que ponto o animal usaria a psicocinesia para influenciar o gerador a manter a temperatura ambiente num nível agradável e a produzir um mínimo de choques elétricos. Levy e Schmidt verificaram que as lâmpadas que aqueciam ambientes frios, onde se encontravam gatos e pintos, principalmente, acendiam mais vezes do que se poderia esperar do acaso. Isso deixou de acontecer depois que o ambiente ficou suficientemente aquecido. Verificaram também que baratas colocadas sobre uma grade eletrificada levavam mais choques do que o provável. Essa descoberta suscitou a velha questão: estariam os pesquisadores que não gostavam de baratas, usando inconscientemente seu próprio psi para produzir os choques?

Mesmo antes de se resolver essa questão, a descoberta de que existe, ainda que dependente dos humanos, certo grau de PES nos animais já tem uma implicação extremamente importante. Ela nos mostra que o conteúdo psi nas criaturas vivas não é uma evolução recente. Qualquer que seja o alcance do estado consciente interno exigido para a produção de psi, um ou mais desses estados está, aparentemente, dentro do alcance da experiência de nossos amigos ratos, cuja estrutura mental é bem elementar.


Eu, por minha vez, não possuo dúvidas a respeito da PES dos animais, tive e tenho muitas experiências gratificantes quanto a esse assunto, não importando o que digam os cientistas ou os laboratórios de pesquisa. Minhas últimas incursões no "mundo" dos cães e gatos ao fazer doação de REIKI, a total interação e a gratificação deles ao se saberem tratados, (pois de alguma forma, ainda não explicada, eles sentem e retornam o carinho recebido), é impressionante e me provam isso. Um dia, talvez, a comunicação entre seres humanos e animais esteja avançada a ponto de “conversarmos” mais sobre isso.


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